Pré-Bienal de Artes é um incentivo a cultura amazonense

Sob o tema ‘Dos Lápis de Di ao Festim das Barrancas’, iniciou no dia 30/03  a Pré-Bienal de Artes Plásticas do Amazonas. As atrações principais são as mais de 200 obras que ficarão expostas durante o evento, mas a programação paralela também chama a atenção por conta da proposta e da diversidade do público alvo.

A oficina ‘Vivência em artes visuais – Compreensão, reflexão e prática’, por exemplo, reunirá quatro turmas diárias (terça a sexta-feira) com alunos de escolas públicas e particulares entre 9 e 14 anos. “Como o tempo será curto, no máximo 50 minutos por turma, o objetivo é proporcionar um primeiro contato”, afirmou o artista plástico Nelson Falcão, coordenador da atividade.

Segundo ele, a oficina iniciará com um percurso pela Pré-Bienal. “Quero que observem bem os quadros para que façam desenhos com estilo semelhante aos dos artistas com os quais mais se identificaram”, afirmou. “Não vai ser questão de resultado, mas de tentativa. Explorar o lado mais lúdico dessa meninada”, prosseguiu Nelson, ao ressaltar que uma exposição desses trabalhos não está descartada. Os horários das turmas são das 9h às 10h, 10h às 11h, 15h às 16h e 16h às 17h.

Cinema de arte

Outra atividade da programação paralela é o Cinearte, mostra de filmes infantis (9h30), infantojuvenis (14h30) — ambos de terça a sexta-feira — e adultos (16h, com reapresentação às 18h30) — de quinta a domingo. “No caso da mostra adulta, serão exibidos filmes que abordam as trajetórias de grandes artistas plásticos, como Frida Kahlo e Pablo Picasso. Faço uma apresentação em slides do homenageado e encerro com um debate a respeito do filme — dependendo do clima da plateia”, explicou o curador da mostra Oscar Ramos. A mostra adulta começa com o curta-metragem ‘O Banho’, de Kátia Maciel, seguido de ‘O Mistério de Picasso’, de Henri-Georges Clouzot.

A mostra principal

Três eixos sustentam a mostra de artes plásticas da Pré-Bienal: a exposição de Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, o Di Cavalcanti; as homenagens a Hahnemann Bacelar (1948- 1971) e Roberto Burle Marx (1909-1994); e a presença de 200 obras de 30 artistas locais. “É um marco para as artes plásticas no Amazonas. Por meio da Pré-Bienal e, posteriormente, da Bienal de Artes Visuais ‘Amazônica 01’, em 2013, promovemos o incentivo à produção e à valorização do segmento”, comentou a curadora Cléia Viana. “Um reflexo inicial disso é a quantidade de obras concebidas especialmente para o evento, que passa de 90%”, finalizou.