Caso Lídia França: Audiência de instrução e julgamento ocorre nesta quarta-feira(11)

Ocorrerá na manhã desta quarta-feira(11), no Fórum de Tefé, a audiência de instrução e julgamento do crime de homicídio contra a professora Maria Lídia França, ocorrido em maio do ano passado. A audiência é a primeira fase do Tribunal do Júri, que deve definir se o acusado, Joaby Evangelista de Araújo, será levado à júri popular.

De acordo com o Juiz Roberto Taketomi, que conduzirá a audiência, devem ser ouvidas pelo menos 14 testemunhas entre acusação e defesa, além do interrogatório do réu. Ele informou ainda que a audiência pode não ser concluída ainda nesta quarta-feira, já que todas as testemunhas precisam ser ouvidas, e no caso da ausência de alguém, que o agente de acusação ou defesa considere decisivo para o processo, a audiência poderá ser adiada, e até remarcada.

A acusação será feita pela Promotora Natalie Del Carmem Rodrigues de Carvalho. As advogadas Francisca Nilce Rocha e Jéssika Thays Martins são assistentes de acusação no caso. A defesa do réu será feita pelo advogado Mozart Bessa.

A audiência chegou a ser marcada, no início do ano, mas foi adiada, por falta de juiz titular da 2ª Vara.

Sobre a morte da Prof. Maria Lídia França

Segundo a acusação, na madrugada de sábado(27/05/2017), após chegar em sua residência, em Tefé/AM, a professora Maria Lídia de França de Lima(34) foi agredida pelo companheiro, Joaby Evangelista de Araújo(29), que a espancou e utilizando gasolina, ateou fogo em seu corpo. Socorrida pelo filho e vizinhos, a vítima foi levada para o Hospital Regional de Tefé, em estado grave, e no dia seguinte foi encaminhada para Manaus, falecendo no dia 01/06/2017, com 100% de seu corpo queimado.

Maria Lídia era natural de Envira, no interior do estado, e atuava nas redes municipal e estadual em Tefé.

A violência contra a professora ganhou destaque

Bastante noticiada pela mídia no estado, o caso chamou a atenção para a violência contra as mulheres. Movimentos de defesa dos direitos da mulher e entidades representativas mobilizaram-se em defesa dos direitos das mulheres.

Por Ana Paula Blenk / Foto: Reprodução/Facebook