Em seus 21 dias de governo, o governador interino David Almeida (PSD) disse que os grandes desafios identificados estão nas áreas de Segurança e Saúde, mas garantiu que estão sendo enfrentados com positivismo, seguindo o princípio do dinamismo e do êxito, buscando soluções possíveis para esses problemas. “Nós precisamos levar resultados para a nossa população, nesses três meses que eu tenho de governo”, afirmou, referindo-se a medidas como agilizar a Central de Regulação na Saúde e criar novos programas de segurança.
Na questão da Saúde, o governador deu como exemplo o plano emergencial colocado em prática, que está acelerando o atendimento nas unidades hospitalares de Manaus. “Quando assumi tínhamos na Central de Regulação, 137 mil pedidos de marcação de exames e consultas. E nos 14 dias úteis depois que assumimos, a Central comunicou ontem que já estamos com 121 mil, ou seja, 16 mil a menos, mas a nossa meta é zerar aumentando a oferta para atender a demanda”, exemplificou.
Ainda em Manaus, o governador disse que uma das metas é colocar o Hospital Delfina Aziz em pleno funcionamento, com todos os seus 11 Centros Cirúrgicos atendendo a demanda de média e alta complexidade nos próximos meses. Isso será feito mesmo diante do alto custo de colocar em funcionamento um hospital que é um modelo, “mas é caro, é muito caro, porém uma vida não tem preço e eu vou buscar abrir por completo o hospital Delphina Aziz, custe o que custar”. David fez um elogio pessoal ao deputado Ricardo Nicolau (PSD), que segundo ele “está fazendo na Saúde aquilo que eu não conseguiria fazer”.
David Almeida disse ainda que durante seu governo os 11 Centros Cirúrgicos do Delphina Aziz vão funcionar e ficar à disposição da população do Amazonas. “Eu ainda não encontrei a engenharia financeira para fazer isso, mas já estamos no caminho de encontrá-la”, afirmou, dando como exemplo a diminuição dos contratos, a repactuação de contratos existentes e o redirecionamento de prioridades de gastos na máquina pública.
Outra meta na Saúde é a aquisição de tomógrafos para os municípios de Parintins, Itacoatiara, Tabatinga, Tefé e Humaitá, que funcionarão como polos para os exames tomográficos, atendendo a população das calhas dos rios Amazonas e Madeira. Outro exemplo citado por David Almeida é o Hospital Hilda Freire, em Iranduba, onde a partir da próxima terça-feira (7 de junho) serão retomadas as operações de média complexidade no Centro Cirúrgico, com previsão de 45 cirurgias semanais e até 180 intervenções por mês.
Na Segurança Pública o governador pediu ‘licença’ ao secretário Sérgio Fontes, que o acompanhava, para anunciar os projetos “Manaus Segura” e “Interior Seguro”, que terão reforço de equipamentos já a partir da próxima sexta-feira (3 de junho), quando serão entregues 100 motos e entre 60 a 10 novas viaturas, de um total de 283 adquiridas pelo governo. Num prazo de 15 dias, o helicóptero adquirido para a SSP vai estar pronto para entrar em operação dando suporte aéreo às ações de combate ao crime na Região Metropolitana.
Para fazer a segurança no interior o governo vai utilizar um avião fretado ATR, cujo fretamento custará apenas um quarto do valor de um voo no jato, deslocando para os municípios com maiores problemas de criminalidade, como Maués, Coari ou Tefé, comandos com até 42 policiais para, durante três dias ou mais realizarem operações policiais, blitzen e cumprindo mandato de prisão. Para viabilizar mais recursos o governador abriu mão do fretamento do jatinho para as viagens ao interior, e vai usar voos comerciais ou em aviões mais baratos.
“Eu não posso me dar ao luxo de viajar num jatinho, porque os recursos que eu vou economizar serão investidos em Segurança Pública, em Saúde, essas são as minhas prioridades”, disse.
Enchente
O governador David Almeida disse ainda que as 54 mil famílias que estão sofrendo com a cheia nos municípios do interior estão recebendo ajuda da Defesa Civil, e todos os municípios que estão em estado de emergência estão sendo atendidos com materiais e ajuda. Ele disse que, no domingo (5 de junho), vai visitar os três municípios mais afetados, entre eles Anamã, cuja área urbana da sede está totalmente tomada pelas águas do rio Solimões.
“Vamos com a Defesa Civil levar a ajuda do governo, inclusive os medicamentos que foram comprados e serão distribuídos o mais rápido possível”, afirmou o governador, anunciando a compra de medicamentos em regime de urgência de fundações públicas, como a Fundação para o Remédio Popular (Furp) e a Fundação Manguinhos, que vendem em torno de 60 itens de remédios de atendimento básico e médio.
Foto: Divulgação
