Produtores de fibra recebem subvenção da safra 2014/2015 de juta e malva

Mais de 400 produtores de fibras de dez municípios receberam do Governo do Amazonas, nesta segunda-feira, dia 14 de agosto, o pagamento da subvenção econômica da juta e malva referente à safra 2014/2015. O pagamento de R$ 822,5 mil foi realizado em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), com a presença do governador David Almeida que, na ocasião, anunciou para o mês de setembro o pagamento da subvenção da safra 2015/2016.

O valor correspondente à subvenção da safra 2015/2016 está orçado em R$1,6 milhões e deve alcançar 4 mil toneladas de fibras. “Eu pedi para os secretários de produção rural e da agência de desenvolvimento sustentável para que possam fazer o levantamento orçamentário e financeiro para que, até o dia 30 de setembro, possamos pagar o restante da subvenção. Isso nada mais é que minha obrigação porque reconheço o trabalho árduo desses produtores no sol e na chuva, e o Governo do Estado tem de estender sua mão amiga para auxiliar essas famílias”, ressaltou o governador.

O pagamento da subvenção da Malva e Juta estava suspenso há três anos pelo Governo do Estado, por falta de orçamento. David Almeida ressaltou para os produtores que a retomada dos pagamentos foi possível devido à economia feita com a repactuação de contratos no Governo do Amazonas.

“É com a economia que estamos fazendo que pudemos dar promoção e reajuste aos policiais, pagar a subvenção aos produtores e antecipar parte do 13 salário dos servidores”, comentou David Almeida. O governador também anunciou que está em andamento o processo de licitação para a execução das obras de melhorias do sistema viário da cidade de Manacapuru.

Pagamentos – O pagamento de subvenção da safra de 2014/2015 alcançou produtores de Anamã, Anori, Beruri, Itapiranga, Codajás, Manaquiri e Manacapuru. Até o final de agosto, serão feitos os pagamentos para os produtores de Manaquiri, Parintins e Coari. A produção desta safra foi estimada em 2.159 mil toneladas de fibras.

Para os juticultores, a retomada dos pagamentos reacende a esperança de melhorias nas produções. “Tanto pra mim quanto para os companheiros esse valor pode melhorar nosso trabalho que estava prejudicado há um tempo pelo não pagamento. Temos só a agradecer porque é uma ajuda muito grande para quem trabalha na produção de juta”, disse o produtor Pedro de Oliveira, 59, do município de Caapiranga.

Produção – Há mais de 10 anos, o Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), subsidia os juticultores do Amazonas em R$ 0,40 centavos por quilo produzido de fibra, valor este pago uma vez ao ano. O repasse varia de acordo com a quantidade produzida pelos produtores, que chega a ficar entre R$ 1.500 a R$ 3 mil reais por produtor.

O Amazonas é o maior produtor de fibras do Brasil, com participação de 87% da produção nacional (IBGE -PAM/2014). Os maiores produtores da fibra no Amazonas são da região do Rio Negro e Solimões, como Manacapuru, Anamã, Autazes, Careiro, Careiro da Várzea, Vila Rica de Caviana, Caapiranga, Iranduba, Manaquiri, Novo Airão, Rio Preto da Eva, Manaus, Beruri, Coari, Codajás e Anori. A produção total desses municípios anualmente varia de 20 a 200 toneladas de juta, e a de Malva gira em torno de 100 a 744 toneladas. Manacapuru e Beruri se destacam com a produção média de 70 a 100 toneladas de juta.

Feira ADS – O governador David Almeida também esteve na Feira de Produtos Regionais da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), que foi inaugurada nesta segunda-feira (14) na cidade. A feira faz parte de uma parceria entre a ADS e o Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS) para implantação em 16 cidades do interior do Amazonas. As novas feiras funcionam em tendas, com barracas padronizadas e higiênicas para exposição e manuseio dos alimentos.

As feiras são exclusivas para os agricultores e para o interior. O objetivo é que o agricultor exponha e comercialize diretamente com o cliente, sem a figura do atravessador que tira a renda e encarece o produto. O projeto prevê a implantação em Boa Vista do Ramos, Silves, Humaitá, Apuí, Tefé, Canutama, Manicoré, Beruri, Tabatinga, Novo Aripuanã, Itacoatiara, Novo Airão, Iranduba e Careiro Castanho.

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